segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Bons samaritanos?

"Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado.E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele." Lc 10:30-34 

Ao nos depararmos com a parábola do bom samaritano de imediato nos indignamos com a atitude do sacerdote e do levita que de largo olharam e desprezaram ao homem caído, machucado e mais do que necessitado, dando então prosseguimento aos seus trajetos. Vibramos com a lição dada por Jesus ao perito da lei ao evidenciarmos sua reprovação à postura adotada por homens que deveriam ser extensão do amor de Deus no acolher e no amor ao próximo. Ovacionamos ao samaritano que apesar de reprovado pelo senso religioso da época, fora aprovado pelo mestre que se detém nas intenções do coração e não em meras declarações ou máscaras religiosas que servem apenas para encobrir o que de fato existe no íntimo. Ah! Como desejamos ser achados como bons samaritanos! Mas até quando nos auto defraudaremos ao buscarmos convencer-nos de que nos assemelhamos ao samaritano enquanto nossos atos diários, muitas vezes despercebidos ou respaldados em pura religiosidade, nos dizem o contrário, remetendo-nos à semelhança daqueles que foram reprovados por Jesus? Chega de passarmos de largo enquanto vemos a vida do nosso irmão esvair-se na sequidão, enquanto nos eximimos de apresentar a água da vida. Deixemos de ser insensíveis para com as feridas da alma que assolam a muitos que nos rodeiam. É hora de nos opormos aos saqueamentos que o inferno tem realizado na vida do nosso próximo. Precisamos ter fome e sede de justiça e clamarmos ao justo Juiz em prol do outro.
A palavra de despertamento é: não vos conformeis com este século, não vos amoldeis! Somos desafiados pelo Senhor a olharmos para fora de nós mesmos, enxergarmos a dor do outro, senti-la e fazermos algo a respeito. Está mais do que na hora de estendermos as mãos e passarmos a viver um verdadeiro cristianismo. Ele deseja mais do que belos discursos decorados, deseja ver nossa fé em obras.

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