quinta-feira, 31 de julho de 2014

Grata por quem sou em ti

Grata a Deus por quem sou nele. Sua presença é quem faz-me ter paz em meio a tempestade e ter esperança mesmo em meio ao caos.
Por ter feito de mim sua morada posso exercitar a misericórdia, a tolerância e o perdão que tem o poder de libertar a quem agrediu, e principalmente a quem foi agredido e perdoou, livrando-se assim das amarras da mágoa.
Grata por usufruir da graça e misericórdia que erguem-me todas as manhãs. Pelo oleiro fiel que molda-me nesta caminhada para que um dia eu possa apresentar-me diante dele sem mácula, aprovada como noiva adornada, para sua honra e glória!


terça-feira, 24 de junho de 2014

Minha esperança


Pai, assim como Pedro desejo andar sobre as águas, ir ao teu encontro. Mas ao enfrentar as ondas minha estrutura falha me faz querer retroceder. Meus pés afundam, vacilam! Mas clamo e espero por teu socorro. Meus olhos desesperados procuram os teus Deus! Com tua mão sustente-me, firme meus pés e faça-me caminhar no profundo! Não tenho nada, a não ser a esperança do que podes fazer a despeito de quem sou e do que não possuo. Na certeza de que teu poder se aperfeiçoa em minha fraqueza.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Laços de gratidão

"E um deles, vendo que estava são voltou glorificando a Deus em alta voz. E caiu aos seus pés, com rosto em terra, dando-lhes graças; e este era samaritano." Lc 17:15,16

Uma das virtudes que nos amarra ao Senhor é a gratidão. Aquele que reconhece o valor da graça alcançada, da benção imerecida, da dívida paga, não esmera-se de agradecer. Não retém o louvor, antes derrama-se constrangido diante de tamanha benevolência, e constantemente busca agradar àquele que devolveu o sentido de sua existência.
O que é grato sabe que por mais que faça nunca poderá recompensar seu abençoador. Entende que o mínimo a ser feito é entregar no altar seus melhores dias, seus sonhos e planos não tendo sua vida por preciosa. E descobre que ao se doar acaba recebendo ainda mais do que deu. Ao colocar-se no altar recebe o privilégio de usufruir da presença de um Deus zeloso, amoroso e fiel. Tem o prazer de tornar-se instrumento de honra. Desenvolve uma maravilhosa intimidade com o Pai de amor, deixando-se sondar passa a conhecer segredos revelados apenas aqueles que dispõem-se a este nível de relacionamento.
Mas há aquele que não desenvolve gratidão, que não reconhece o favor recebido como imerecido, ou que até mesmo reconhece seu imerecimento, no entanto isenta-se de atos de gratidão. Sua busca é interesseira, procura apenas suprir suas necessidades. Condiciona sua fidelidade, logo se cansa da obra, a faz relaxadamente e facilmente a abandona. Não é incômoda a ausência do mover do Espírito santo em sua vida. Esse prefere usufruir do efêmero, como os que não tem conhecimento algum do plano eterno de Deus para os que buscam primeiramente o seu reino. Priva-se de vivenciar o fluir da glória que nos inunda ao nos apresentarmos diante do Trono com louvores e ações de graça, quando nos colocamos como sacrifício vivo diante do Senhor.
Que sejamos achados como aquele leproso que ao receber a cura voltou-se ao Senhor, glorificou em alta voz e rendido aos seus pés deu graças em adoração. Que o reconhecimento da grandiosidade do nosso Deus e de sua incalculável benevolência nos faça atentar para a magnitude de sua benção sobre nossa vida e nos amarre a ele com laços de gratidão.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Bons samaritanos?

"Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote. Quando viu o homem, passou pelo outro lado.E assim também um levita; quando chegou ao lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e cuidou dele." Lc 10:30-34 

Ao nos depararmos com a parábola do bom samaritano de imediato nos indignamos com a atitude do sacerdote e do levita que de largo olharam e desprezaram ao homem caído, machucado e mais do que necessitado, dando então prosseguimento aos seus trajetos. Vibramos com a lição dada por Jesus ao perito da lei ao evidenciarmos sua reprovação à postura adotada por homens que deveriam ser extensão do amor de Deus no acolher e no amor ao próximo. Ovacionamos ao samaritano que apesar de reprovado pelo senso religioso da época, fora aprovado pelo mestre que se detém nas intenções do coração e não em meras declarações ou máscaras religiosas que servem apenas para encobrir o que de fato existe no íntimo. Ah! Como desejamos ser achados como bons samaritanos! Mas até quando nos auto defraudaremos ao buscarmos convencer-nos de que nos assemelhamos ao samaritano enquanto nossos atos diários, muitas vezes despercebidos ou respaldados em pura religiosidade, nos dizem o contrário, remetendo-nos à semelhança daqueles que foram reprovados por Jesus? Chega de passarmos de largo enquanto vemos a vida do nosso irmão esvair-se na sequidão, enquanto nos eximimos de apresentar a água da vida. Deixemos de ser insensíveis para com as feridas da alma que assolam a muitos que nos rodeiam. É hora de nos opormos aos saqueamentos que o inferno tem realizado na vida do nosso próximo. Precisamos ter fome e sede de justiça e clamarmos ao justo Juiz em prol do outro.
A palavra de despertamento é: não vos conformeis com este século, não vos amoldeis! Somos desafiados pelo Senhor a olharmos para fora de nós mesmos, enxergarmos a dor do outro, senti-la e fazermos algo a respeito. Está mais do que na hora de estendermos as mãos e passarmos a viver um verdadeiro cristianismo. Ele deseja mais do que belos discursos decorados, deseja ver nossa fé em obras.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

As aboboreiras de Deus

"Então disse Deus a Jonas: é acaso razoável que assim te enfades por causa da aboboreira? E ele disse: é justo que me enfade a aponto de desejar a morte." Jn 4:9 


Às vezes é necessário que Deus faça crescer algumas "aboboreiras" em nossa vida para nos ensinar na prática aquilo que nossas convicções e até legalismos não permitem que entendamos. Por vezes nos é difícil compreender com propriedade a escassez do outro quando nossas necessidades estão supridas. Como é difícil entender a apatia na vida espiritual de alguns quando a nossa está em ebulição, quando estamos íntimos do Senhor. Como é fácil nos levantarmos com diagnósticos e soluções para a situação. E nos tornamos promotores quando nossa constatação parece ser desconsiderada pelo outro que não muda de postura e insiste em permanecer inerte espiritualmente. Passamos a ser promotores destes e advogados de Deus.Questionamos:como é possível que alguém que prova do favor do Senhor demonstre tanta ingratidão sendo incapaz de honrá-lo com uma vida de adoração? E do alto de nossa estabilidade espiritual passamos a desejar do Senhor uma postura corretiva que ensine ao outro que a Deus não se serve de qualquer forma. E quando nossa petição parece não ser atendida, nos indignamos com o fato de Deus demorar-se em corrigir. Aí surge a necessidade de uma "aboboreira". Assim como a de Jonas, ela surge para nos lembrar que nossa justiça não passa de trapos de imundícia e que a compassividade, a graça do Senhor por nós não é para ser compreendida e sim provada, vivida. Então os dias passam e aquela nossa ebulição vai diminuindo sem que se possa compreender, já não há tanto ânimo, nem fervor. E agora sentindo a mesma debilidade do outro passamos a clamar não pelas ações de correção, mas pela compassividade, graça e misericórdia de Deus que não deixa o pavio fumegante se apagar, nem tão pouco a cana trilhada quebrar. Então entendemos o quanto o reerguer requer de nós, e o quanto necessitamos da misericórdia renovada sobre nossa vida a cada manhã. Compreendido isto, podemos então começar a ouvir o soprar de um novo vento que nos faz recobrar o ânimo, que sopra as brasas. Sentimos o cheiro das águas que trazem o renovo de Deus. Jonas precisou sentir a perda de uma árvore que em nada contribuiu para que existisse, para que compreendesse o desejo do Senhor de salvar a um povo que havia criado e amava. Assim Deus faz, as suas "aboboreiras" nos são necessárias, nos fazem crescer.