
Ao meditar nestes versículos, podemos constatar que para a concretização do milagre na vida do paralítico, além de apresentar o nome de Cristo e da declaração de cura, Pedro deu suporte ao homem ao segurá-lo pela mão. Só após este ato seus pés e tornozelos se firmaram. Isto nos faz pensar a cerca da nossa real responsabilidade como cristãos, como discípulos de Cristo. Não nos cabe apenas apresentar a possibilidade do milagre, precisamos estender a mão, erguer, dar suporte ao outro, para que a obra do amor e da restauração de Cristo seja completa nas vidas. Não podemos nos esconder por trás de nossa espiritualidade, de declarações "proféticas" e querermos nos isentar do vestir, do saciar a fome, de atos de misericórdia, de sentir a dor do outro. Apesar de não sermos salvos pelas obras, como disse Paulo, os salvos têm obras a apresentar ao seu Senhor, como disse Tiago - ambos nos dão uma visão completa da nossa relação com as obras - não somos salvos por elas, mas não há como, aquele que é salvo, não se importar com aquilo que importa a Jesus, as vidas.
Precisamos apresentar o evangelho às pessoas, dizer que Cristo salva, restaura, liberta, que é o único caminho a Deus, mas de mãos dadas a isto precisamos viver o exemplo de Cristo, ao saciar a fome espiritual e natural da multidão, ao se sensibilizar com a dor da mãe que estava prestes a sepultar seu filho, ao não se juntar ao grupo dos hipócritas religiosos que tomavam para si a posição de juízes ao condenarem a mulher adúltera, marginalizada por toda a sociedade da época. Não precisamos tomar para nós o papel de acusadores, o diabo já o faz com maestria.
Vamos deixar Cristo viver em nós, e assim enxergaremos, sentiremos, agiremos como Ele. Que as nossas obras sejam relevantes para Deus, que produzam frutos eternos em outras vidas.
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