quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Via de mão dupla



Não há outra maneira! Intimidade com Deus só através de relacionamento com ele. Não há como ser íntimo dele através de obras ou religiosidade. Apesar de muitas vezes ser ao contrário, obras deveriam ser resultado de um relacionamento verdadeiro com Deus! Se desejamos ser seus amigos, ser conhecidos pelo nome, antes de mais nada, precisamos desejá-lo e assim o buscaremos. O conversar com ele será prazeroso e sua presença irrecusável. Então passaremos a nos importar com o que ele se importa, passaremos a enxergar através de seus olhos, e realizaremos sua obra com a motivação correta. Para se desenvolver e manter um relacionamento, qualquer seja ele, é preciso que haja abertura das duas partes. Com Deus é da mesma forma. Não há como ouvir os seus segredos se não contarmos os nossos, nem sentir a sua presença se não estivermos presentes, nem tão pouco conhecer o seu coração se o nosso não for rasgado diante dele. Quando passamos a buscar ao Senhor não por bênçãos, mas pelo desejo de desenvolver intimidade, simplesmente por sua maravilhosa presença, como se torna gostoso o orar, o louvar. Como ficamos sensíveis a Ele. Como é maravilhoso! Tenho buscado - mais uma vez - dedicar meu tempo a minha amizade com Deus. E ele tem me dado mais uma oportunidade. E esta não vou desperdiçar. Certa vez fiz a seguinte oração: '' Espírito Santo, não desista de mim mesmo que eu resista à tua voz, ao teu chamado para estar mais perto. Se preciso for, que tu me incomodes a buscar-te, mas não me deixe esfriar, parar''. E assim o Senhor tem feito. Mesmo nos momentos em que o desejo é contra a necessidade de parar e investir tempo na amizade com ele, esse meu amado amigo fala ao meu coração incessantemente a ponto de eu não resistir. Não que eu atenda de imediato, mas é que ele realmente não desiste de mim, tem atendido a antiga oração, e o seu chamar se torna ao meu coração irresistível por tamanha demonstração de amor. Nessa busca por construir uma verdadeira amizade, já tenho colhido desta via de mão dupla. Estava com o Senhor à tarde e compartilhava com ele algo que estava em meu coração, algumas expectativas, e sem que eu pedisse, como de costume, uma palavra, ele respondeu à minha conversa de forma tão rápida e objetiva. Compartilho com vocês: ''Ainda não chegou o tempo certo para que a visão se cumpra; porém ela se cumprirá sem falta. O tempo certo vai chegar logo; portanto, espere, ainda que pareça demorar, pois a visão virá no momento exato.''Hb 2.3 (Bíblia Sagrada Edição para jovens) Bom é estar com o Senhor. E como disse Paulo: " meu firme propósito é que eu possa conhecê-lo cada vez mais profunda e intimamente, percebendo, reconhecendo e compreendendo as maravilhas de sua pessoa com mais clareza e intensidade(versão: The amplified Bible).

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Auto-retrato

É impressionante como costumamos criar uma falsa imagem daquilo que realmente somos ou sentimos. É como a Bíblia alega (sempre infalível), o coração do homem é enganoso. E maravilhoso é como Deus trata, ao longo da nossa caminhada com ele, esses falsos retratos que criamos. Ele, em sua supreendente sabedoria, nos faz enxergar o que realmente há em nós. Tenho tido a oportunidade de viver esse modelar de Deus. De imediato não é nada fácil, mas quando passamos a enxergar os frutos que são produzidos em nós mesmos ficamos maravilhados com o cuidado do Senhor por nós, em nos refinar. Sempre tive o costume de fazer escolhas e tomar decisões só após saber qual seria a vontade, o direcionamento de Deus sobre cada situação. Se o Senhor dissesse vá, eu ía, se falasse não, acatava. E de certa forma me orgulhava de tal postura, pensava: ''poxa como sou obediente, pode chover canivete, pode ser o que for, não contrario a vontade de Deus em detrimento da minha!'' Falso auto-retrato! Glória a Deus que nos faz ver o que há por dentro para que seja tratado. Até então nunca havia estado em uma circunstância onde a minha vontade conflitasse tão intensamente com a do Senhor. Nunca havia sido colocada em uma situação incômoda para mim pelo próprio Deus, onde pontos da minha personalidade, tão fortes, seriam confrontados, lapidados pelo oleiro. Ai como dói! Mas a conclusão é linda, após ter passado é encantador. Diante de tal quadro, assim como Paulo cita em At 26.14, recalcitrei! Só não desobedeci por temor, e por conta dos limites que o Senhor sábiamente põe diante de nós. Mas vontade de ''pegar um caminho contrário ao de Nínive'' não faltou. Quando cheguei ao ponto de declarar: ''Senhor se não fosse por conta disto, saíria daqui agora!'', foi que o auto-retrato da obediência incondicional quebrou-se diante de mim. Posta em prova, a frase por vezes pronunciada - ''não a minha Senhor, mas a tua vontade'' - já não era tao verdadeira. Senti-me como Pedro. Outrora li um livro, O agir invisível de Deus, que citava como Deus tratou a auto-imagem de Pedro. Ora, ele declarava amor ágape ao Senhor, julgava amá-lo mais do que qualquer outro discípulo. Achava sentir por Jesus um amor tão intenso ao ponto de sua vida não ser preciosa se posta em prova. Apesar de convicto disto, Pedro não possuía tal nível de amor. Mas o desejo do Senhor era forjar Pedro de tal forma que chegasse verdadeiramente a sentir esse amor pelo Mestre e por sua obra. E para tal, era necessário que o que estava no seu interior fosse descortinado. No momento em que o galo canta, o auto-retrato de Pedro é quebrado, e agora podia enxergar de que maneira amava ao Mestre. E mais tarde quando Jesus pergunta se ele o amava (ágape - amor incondicional), confrontado, Pedro responde que o amava (filéo - amor humano). E diante da insistência de Jesus com a pergunta Pedro declara: ''Senhor tu tudo sabes, sabes que te amo (filéo)''. Daquele momento em diante Pedro estava pronto para chegar ao nível de amor que outrora julgava ter. É apartir daquele momento que o Senhor põe em suas mãos a responsabilidade de cuidar da sua obra. Ao fim de sua jornada amou a Jesus de tal forma que verdadeiramente deu sua vida por amor a ele. Tive meu auto-retrato quebrado. Vi que há muito o que aprender sobre obediência. Que nem sempre é fácil tomar tal postura, mas que é infinitamente melhor tomá-la, ainda que doa, pois os frutos produzidos são maravilhosos. Aprendi que o deserto com o Senhor é algo surpreendente! O cenário por vezes sem atrativo é visitado pela manifestação do Deus que age no sobrenatural, nos mostrando seu encanto e poder, seu zelo, seu amor. Pude sentir o Senhor mais intimamente movendo-se diante de mim de uma forma nova. Sinto ter descido mais um degrau em direção à intimidade com o ele. Vi que se preocupa com cada detalhe nosso. É encantador o seu tratar. Meu coração se enche ao refletir sobre seu trabalhar em nossas vidas. É surpreendente os caminhos que usa para nos fazer desabrochar, para nos aprofundarmos nele. Não retrocede diante dos nossos ''bicos'', lamentações, chantagens, choros. Nesses momentos como nos parece imparcial, intocável, insensível à nossa dor, rsrsrs... Mas glória a Ele por seu amor, por ser PAI! Por resistir a todos os nossos jogos emocionais com o propósito de nos levar cada vez mais alto em direção aos seus planos e tão profundo rumo ao seu coração. Para nos trazer pra mais perto e nos levar aonde o seu coração deseja!

sábado, 19 de junho de 2010

Me rendo...

Me acalentarei em teus braços, descansarei em ti.
Descansarei em tua boa, perfeita e agradável vontade. Ora, se creio e compreendo que é boa, perfeita e agradável, por que continuar a recalcitrar contra ela?! Contra o teu moldar?! Decido descançar à sombra da tua soberania, infabilidade, do teu amor... Sei que cuidas até mesmo das aves do céu e lírios, então por que querer conduzir as coisas? Tu cuidas. Decido sair do controle, abandonar-me em teus braços. Decido desarmar-me, decido deixar-me moldar... O que desejo...? Desejo alcançar o alvo, arrancar um sorriso teu, te causar orgulho... Poder verdadeiramente dizer ''eis-me aqui'', ''não a minha vontade e sim a tua''.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Vamos fugir?

Ai! Como gostaria de fugir agora!
Entrar em um carro, andar pelo litoral sem rumo, sem compromisso, ouvindo boa música...

Gostaria de fugir do despertar do celular, do ponto de ônibus, dele lotado...Aff!

Gostaria de fugir do cartão de ponto, da sala fria e sem vida, daqui...

Fugir dos vigias sanguessugas, das 9 horas diárias de mim roubadas...

Gostaria de fugir das noites curtas, velozes que por mim passam deixando-me desejosa das horas longas... quando poderei entrar no carro num dia azul, com meus amores passear pelo litoral ouvindo boa música, sem o despertar do celular, ônibus, cartão de ponto...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Os covardes...? Voltem!


Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, com lança e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. (I Samuel 17:45)

Quanto destemor! Ir desta forma em nome do Deus vivo só é possível quando O amamos e temos por Ele um zelo inestimável. Davi sabia bem o que era isto, portanto não suportou ver o nome do Senhor ser ridicularizado. Seu coração encheu-se de ira contra aquela situação e imediatamente, diante da covardia de todo um exército, se dispôs a honrar o nome do seu Deus.
Então me pergunto: qual tem sido nossa posição diante das afrontas que este mundo tem feito ao nosso Deus? Será que temos tido zelo suficiente para ir à frente de batalha em defesa do Senhor? As afrontas nos indignam ou já estamos conformados com as coisas deste século ao ponto de apenas assisti-las, ainda que convencidos de que vão de encontro à santidade do nosso Deus?
Assim como as tropas de Israel, muitas vezes temos sido espectadores de tudo quanto o mundo tem produzido contra o caráter de Deus. Programas imorais onde a prostituição, a mentira, a ambição, e a infidelidade são ovacionadas, têm recebido excelente receptividade em lares cristãos. Em nome da modernidade, os valores que agradam ao Senhor são substituídos por corrupções morais determinadas por este mundo. A imoralidade já não incomoda tanto, basta estar dentro de uma trama novelística, cercado por um enredo romântico para que o adultério e a fornicação sejam aplaudidos por famílias ‘’protestantes’’. Os crentes já não protestam tanto contra o pecado!
Mas assim como buscou a Davi, Deus tem procurado servos zelosos e destemidos, cujos corações ardam em Sua defesa. Que O conheçam e que em Seu nome estejam dispostos a combater ao inimigo, indiferentes ao seu tamanho, armas e experiência em batalha, convictos da vitória, pois saberão que diante deles irá o imbatível, infalível braço do Senhor dos exércitos, que lhes garantirá a vitória!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Apesar das diferenças


''Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?'' Amós 3.3


Hoje pela manhã algo simples, e aparentemente sem propósito, me fez refetir em algo extremamente importante.

Uma moça que trabalha na mesma empresa que eu entrou na minha sala pra fazer a limpeza e me perguntou do nada: ''Lisi, qual dos teus pés é o menor?''. E eu olhei pra ela meio que sem entender e disse que nunca tinha ouvido falar que tínhamos um pé maior que o outro. Então levantei, tirei a sandália diante dela e fui verificar. E não é que tenho um pé maior que o outro?! Então entendi o porquê da sandália que estou usando, mesmo estando regulada da mesma forma, viver saído do pé direito... Ele é menor,rsrs..

Bem, depois de rir do desconhecimento da diferença entre os meus pés, entrou em ação o Espírito Santo, que fez com que aquela mulher me perguntasse algo, de início, tão tolo pra trazer-me um ensinamento. Daí veio à memória este versículo acima citado, e eu pensei em como apesar dos meus pés serem diferentes, concordarem entre si e prosseguirem juntos na mesma direção, num mesmo propósito, com êxito. A diferença entre eles não os impede de andarem em harmonia.

Em nossos relacionamentos não deve ser de outro modo. Precisamos aprender a lidar com as diferenças daqueles que o Senhor colocou ao nosso lado, quer seja esposo, esposa, amigos, irmãos, em fim, Deus sempre nos dá um companheiro para percorrer conosco o caminho a nós proposto. E não podemos exigir que se amoldem a nós! Cada um de nós é exclusivo e único e tratados por Deus dessa forma. Somos indivíduos, feitos diferentes com um propósito vindo do criador... para que a sua infinita criatividade e poder sejam louvados diante de tamanha diversidade e perfeição. Precisamos, assim como os nossos pés, que andam juntos, estarmos sob o comando e orientação de um só que detém todo o conhecimento. No nosso caso, o Senhor Jesus. Ele sim, nos fará prosseguir em parceria, cumplicidade, em acordo. Mesmo que, como os pés, ora um esteja mais à frente e depois mais atrás, estaremos sempre em um mesmo propósito, nos ajudando, a chegar ao fim/começo da trajetória!

Vamos orar, clamar ao Senhor pra que nos ensine a entender, respeitar, suportar e prosseguir com as diferenças daqueles que nos cercam. Para que o vínculo que nos una ( como o nosso irmão Erivaldo termina seus e-mail's,rsrsr) seja o amor! Não dando espaço para que Satanás instaure o seu governo de discórdia entre nós!

Quem levará a ''Arca'' ?



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‘’Nesse tempo o Senhor separou a tribo de Levi para levar a arca do Senhor, para o servir, e para abençoar em seu nome até o dia de hoje.’’ Dt 10:8


Durante a trajetória de Israel no deserto o Senhor separou a tribo de Levi para que estivesse responsável por conduzir a arca da aliança, na qual a sua glória repousava. Apenas os levitas tinham a permissão para tocá-la, a incumbência de servir no templo, e a autoridade para abençoar em seu nome. Apenas a tribo de Levi acampava-se ao redor do tabernáculo como verdadeira guardiã da habitação de Deus. Com completo zelo cuidavam de cada utensílio do tabernáculo, desmontavam e montavam a tenda sempre que era necessário seguir ou deter-se no caminho. O Senhor possuía por eles um enorme zelo ao ponto de declarar que os separaria das tribos de Israel e os faria seus. Com a arca no meio do povo de Deus, havia triunfo nas batalhas, júbilo, operação de milagres, pois a glória de Deus era manifesta.


Assim era nos dias da velha aliança, nos dias de Moisés. E hoje, na nova aliança, no tempo da graça, quem levará a arca do Senhor? Da mesma forma que Deus separou a tribo de Levi para conduzir a sua glória no deserto, escolheu e separou a sua noiva, a igreja, para ser o canal de fluir da sua glória no mundo. Com grande zelo ele nos fez seus para que a sua glória seja conduzida através de nossas vidas. O Senhor nos separou e nos chamou para servimos com excelência na sua obra, para sermos canal de benção. Precisamos assumir o nosso posto de levitas e sacerdotes do Senhor e passarmos a nos santificar cada vez mais, oferecermos sacrifícios que cheguem como incenso suave e agradável ao seu trono, para que a sua presença esteja em nosso meio. Pois só assim haverá operação de milagres, júbilo em meio à adversidade e a manifestação do poder de Deus.


A responsabilidade de levar a arca é nossa! Assim como os levitas formavam uma tribo separada, sem território, serm herança terrena, porque desfrutavam do alto privilégio de ter o Senhor como seu maior bem e herança, devemos nos separar das coisas deste mundo que impedem o fluir da glória de Deus em nossas vidas, e nos posicionarmos diante do Senhor que nos escolheu para estarmos, assim como os de Levi, diante dele em disposição e consagração contínua, efetiva e real, conduzindo a presença de Deus e indicando o seu caminho aos que nos precedem.

Com certeza ... a melhor recompensa


Recompensador fiel é o Senhor... Fico pensando no quanto, muitas vezes, nos desgastamos em um trabalho de recompensa tão passageira, e para Deus nos indispomos tantas vezes. O trabalho para o qual o Senhor nos chamou é o que realmente deve obter de nós entrega total. Deve ser o de maior significado. Não estou aqui negando a importância do trabalho secular. Através dele adquirimos sustento, mas quem o garante para nós é o próprio Deus. Falo sim, da inversão de valores entre o que é passageiro e o que é eterno.
Como é diferente o tratamento que recebemos do Senhor como seus trabalhadores: mesmo sem termos capacitação alguma para sua obra, ele nos seleciona e nos capacita de tal forma a realizarmos feitos poderosos; garante-nos condição de trabalho fornecendo toda ferramenta necessária para a boa execução do serviço; nunca nos sobrecarrega; não nos pede algo além das nossas forças, pois compreende e respeita nossos limites; garante-nos descanso, regozijo, força, companheirismo; compreende nossos momentos de desmotivação, então vem e nos renova, reencoraja, não nos dispensando nunca! E ainda nos paga além, muito além do que merecemos. Que diferença de ‘"patrão’’ não?! Pois é, ele é galardoador fiel! Prometeu-nos recompensa eterna por nossa obra aqui na terra. Então vamos nos levantar e nos dispor à obra do Senhor com zelo e amor. Não vamos nos embaraçar olhando para os lados e para as circunstâncias. Vamos manter nossos olhos fitos na cruz. Vamos dar continuidade à obra que foi começada lá e confiada a nós. Vamos trabalhar com mais ênfase pelo que é eterno. Vamos nos capacitar para sermos versáteis no Reino, vamos zelar pelos compromissos com o corpo de Cristo para que tudo seja feito com excelência. Vamos nos preocupar em agradar o nosso ''patrão'' apresentando um trabalho bem feito. Porque mais do que promoção de cargo e aumento de salário, ele nos oferece a vida eterna, o seu Reino, o direito de sermos mais do que servos, mas seus amigos, filhos e co-herdeiros com Cristo.


Sigamos firmes, constantes, pois todas as promessas que nos fez ELE É FIEL PARA CUMPRIR!

''Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel'' Hb 10.23

quarta-feira, 31 de março de 2010

Instigados pelo eterno...


“Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e, ordenando que não falassem em nome de Jesus, os soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse nome.” (At. 5:40, 41)
Ao ler este relato bíblico meu coração entusiasmou-se ao atestar a tamanha ousadia, o destemor e o amor com que os primeiros cristãos abraçavam a causa de Cristo. Diante da alta cúpula religiosa judaica, Pedro e os demais deixaram bem claro para o Sinédrio a quem pertencia a verdadeira autoridade, a quem eles obedeciam incondicionalmente. E por terem tomado tal postura todos foram castigados, mas ao invés de desfalecerem, alegraram-se pela oportunidade de sofrer por Cristo.
Toda esta entrega me faz pensar no que nós cristãos do século XXI temos vivido. Qual causa tem instigado em nós entrega total? O sucesso profissional, a ascensão social, a realização de sonhos que concernem unicamente a esta vida, são as que têm recebido de nós verdadeiros sacrifícios. Precisamos urgentemente despertar para a verdadeira causa que é digna dos nossos esforços e entrega. O nosso coração necessita arder, queimar pela obra que nos foi confiada pelo mestre. É necessário que, tal como os primeiros cristãos, ardamos de amor por Aquele que nos amou sem reservas e se deu por nós.
Só poderemos encontrar grandeza no sofrer e na abnegação por Cristo quando entendermos que maior que sonhos e paixões passageiras, e alvos corruptíveis, é a excelência de edificar o que é eterno, é lançar-se ao dispor Daquele que tem nas mãos o suprimento de tudo quanto ansiamos, é estar sob a direção de quem certa vez nos garantiu que se o buscássemos primeiro, as demais coisas ele acrescentaria. Pois enquanto o mundo estivesse se desesperando de um lado para o outro desgastando todos os seus dias para conseguir um “lugarzinho ao sol”, aos que O tem por prioridade, enquanto dormirem, Ele mesmo providenciará tudo quanto necessitarem. E muito mais que um “lugarzinho ao sol”, o Senhor conquistou o direito de sentarem-se em seu trono e o privilégio de reinarem com Ele para sempre.
Cheios desta certeza e envolvidos pelo amor do mestre, repletos de ousadia, os primeiros cristãos buscavam e investiam suas vidas no que é eterno. E você? Em que tens investido os dias da tua vida? O que tens buscado? Que abramos mão do que é passageiro, que voltemos ao primeiro amor onde Cristo é a satisfação dos nossos dias, a motivação da nossa vida, a causa pela qual devemos lutar, a verdade que devemos defender, a solução que precisamos anunciar, e por quem estaremos dispostos a sacrificar.